Especificações de Corrente
As especificações de corrente de um tiristor podem ser divididas em duas
classes:
ð
Especificações recorrentes ou periódicas, que se repetem, são aquelas em
que o dispositivo é aplicado de uma maneira tal que o máximo valor de temperatura
de junção não é excedido.
ð
Especificações não-recorrentes ou não periódicas, são aquelas em que se
permite que a máxima temperatura de junção seja excedida por um breve período.
Estas especificações aplicam-se a condições eventuais da carga e por um numero
limitado de vezes durante a vida útil do componente.
Corrente Acidental ou de Surto I2t
Quando há uma sobrecarga ou falha em um circuito de potencia os
Tiristores podem estar sujeitos a temperaturas de junção maiores que a especificada,
por alguns instantes. A especificação para este tipo de regime transitório são
dadas pelas curvas de ITSM e de I2t.
Taxa de crescimento da Corrente
de Anodo (di/dt)
Quando um SCR é disparado, através da injeção de corrente no gatilho,
inicialmente o fluxo da corrente de anodo se concentra em uma área próxima ao
gatilho. A área de concentração da corrente espalha por toda a área de catodo a
uma taxa de aproximadamente 0,1 mm/µs.
Se a corrente de anodo aumentar muito rapidamente, haverá um aquecimento
localizado nesta área preferencial, devido à elevada densidade de corrente,
resultando em temperaturas extremamente elevadas podendo causar dano definitivo
ao tiristor.
Em alguns casos o di/dt ocorre no instante do chaveamento.
O valor de di/dt de um tiristor aumenta se o mesmo for disparado com um
pulso de corrente de maior amplitude, uma vez que isto faz com que aumente a
área inicial de condução. A colocação de um indutor em série com o SCR
(circuito de anodo) amortece esta subida de corrente.
Especificações de Tensão
A corrente de bloqueio é uns dos principais fatores pois é dependente da
temperatura e dobra-se a cada 10°C de aumento na temperatura.
Tensão
Reversa VRRM: máxima tensão reversa repetitiva que o SCR pode
suportar sem que ocorra ruptura.
Tensão
Reversa VRSM: valor
máximo de um transitório de curta duração e não repetitivo de tensão reversa.
Tensão
Direta VDRM: máxima tensão direta repetitiva que o SCR pode
suportar sem passar do estado de bloqueio para condução.
Tensão Direta VDSM:
Máxima tensão
direta não repetitiva que o SCR pode suportar sem passar do bloqueio a
condução.
Tensão “Break Over” VBO:
Tensão que
determina a passagem do SCR do bloqueio a condução sem aplicação de corrente no
gatilho. Além do disparou, está tensão pode provocar dano ao SCR.
Taxa Crítica de Crescimento da
Tensão Direta (dv/dt):
O acumulo de cargas
na junção P-N central do SCR associa-se a um efeito capacitivo. Se houver uma
rápida variação na tensão VAK pode ocasionar uma corrente que somada
a corrente de fuga que circula pelo SCR no bloqueio provocando o disparo
acidental do SCR.
Acrescentar um resistor RGK entre gatilho e catodo cria um
caminho alternativo a corrente “criada” por dv/dt. Esta resistência aumenta
também a taxa dv/dt especificada para o SCR.
Outra maneira de se evitar o efeito dv/dt é colocar um capacitor em
paralelo com o SCR (colocar um resistor em serie com o capacitor para evitar o
efeito di/dt). Este arranjo RC é chamado de snubber (para-choque em inglês).
Tempo de Comutação Tq:
Este valor costuma
estar nas especificações de dv/dt. Trata-se do valor máximo de dv/dt que se
pode reaplicar após intervalo de tempo tq, contado a partir do
instante em que a corrente se anula na comutação, sem que o SCR retorne a
condução. A tensão final neste caso é o valor de VDRM.
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